O Professor JAILTON LUCAS DE MIRANDA é mais um lutador por
nossa modalidade. Veja algumas informações sobre sua carreira: Professor de
Educação Física, técnico de BCR há 15 anos, campeão do Regional Nordeste
algumas vezes, Campeão Brasileiro da 2ª Divisão - Campo Grande MS, 6ª melhor
equipe da 1ª Divisão pela FUNAD em 2008, auxiliar técnico das Seleções do
Nordeste por duas vezes, auxiliar técnico da Seleção Sub-23 - Caldas Novas GO e
por último, convocado em 2009, para a Comissão Técnica da
Seleção Principal, onde pedi licença de viajar para cuidar da nossa equipe
que passava por dificuldades e fui cortado. Atualmente estou na AAPD/PB, onde
no último campeonato conseguimos o acesso para a 2ª divisão em 2014. Vamos
aproveitar a sua experiência e conhecer a avaliação que faz do momento atual do
Basquete em Cadeira de Rodas no Brasil.
LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do
Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continuamos sendo o "esporte
paraolímpico nº 1”?
PROF. JAILTON - Em relação aos resultados, temos um número
grande de clubes associados, todavia, muitos inadimplentes. Outros que por
motivos diversos, deixaram de participar das competições.
LF - Quanto às transmissões dos jogos pela Internet, você acompanhava? Por que você acha que as transmissões não estão acontecendo, você acredita que seria importante fazer as transmissões dos jogos?
PROFº JAILTON - Eu não acompanhava as transmissões pela internet com frequência, mas os amigos, as pessoas que nos ajudam, logo após o final dos jogos, já nos ligavam parabenizando pela conquista e também pela divulgação da modalidade;
LF - O que você avalia sobre o Calendário Oficial do
Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?
PROFº JAILTON - Organização no calendário nunca houve. O CPB em dezembro, já divulgou o calendário para 2014, com a CBBC, somente dois meses antes é que ficamos sabendo onde será as competições, quando não coincide o calendário como em 2013, com outras modalidades, inclusive avisamos isso na Assembleia no Recife, mas nada adiantou
LF - Você acredita que adiamentos das competições como
este ocorrida agora dos campeonatos Brasileiros , atrapalha quanto
ao relacionamento com os Patrocinadores?
PROFº JAILTON - Não somente com os patrocinadores, mas com os atletas também, porque eles têm seus patrocinadores e querem divulgação.
LF - Como você avalia os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?
PROFº JAILTON - Acredito que investir no trabalho de base e dar sustentabilidade é fundamental. Tem clubes espalhados pelo Brasil, com atletas de destaques que não dispõem de recursos, aqui no Nordeste já chegamos a ter 20 equipes inscritas no Regional e esse nível diminuiu.
Quanto a não participação da seleção masculina principal nos
mundiais, é falta de investimento e renovação.
LF - E a Seleção feminina, na sua visão a que se devem
os resultados melhores nos últimos anos? E quanto às equipes femininas no
Brasil, você acredita que este desenvolvimento tende a se expandir para os
demais estados e não ficar concentrado como hoje está?
PROFº JAILTON - Primeiro é o nível das equipes que não é tão elevado quanto as equipes masculinas, depois, estão aparecendo excelentes atletas femininas e o trabalho de renovação do Caju em Belém é importante e em São Paulo estão aparecendo mais equipes femininas.
LF - Na sua visão como está o investimento nas
categorias de base do Basquete em cadeira de rodas, você acredita que poderemos
ter competições de clubes sub 23, ou até mesmo o basquete participar dos Jogos
Escolares Paralímpicos?
PROFº JAILTON - Aqui no Nordeste não está havendo, principalmente com a Paraíba, somente estamos sobrevivendo há 15 anos porque temos uma parceria com o Estado e Prefeitura. Veja o caso de Recife já foi uma potência no BCR, mas infelizmente ou felizmente pra eles, muitos vão para outros clubes.
LF - Como você vê o investimento na formação de novos
profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?
PROFº JAILTON - Estamos aguardando Bolívar realizar uma
clínica em Fortaleza para que possamos participar, ele falou que seria em 2014.
Precisa de mais clínicas, novos técnicos capacitados, uma liga no Nordeste não
somente o Regional, para movimentar o BCR. Às vezes quando acontecem clínicas
em São Paulo, fica difícil de a grande maioria participar.
LF - Na região Nordeste, nos últimos anos, vimos
uma evolução no numero das equipes, na sua avaliação a
qualidade técnica tem acompanhado este processo de crescimento numérico?
As novas equipes que tem surgido, estão conseguindo evoluir
tecnicamente e se manter ativas nas competições?
PROFº JAILTON - O Nordeste já chegou a ser o maior campeonato
em número de equipes participantes, muito embora a qualidade técnica de algumas
equipes ainda estão muito aquém (é somente observar alguns resultados
elásticos), nesse último regional, o nível de equipes diminuíram por não se
manterem ativas nas competições.
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