Mais uma entrevista com quem constrói a historia do Basquetebol em Cadeira de Rodas do Brasil.
Mário Balthar, ex-atleta, ex-dirigente técnico de equipes de BCR, trabalhou na CBBC com a transmissão de jogos das competições pela Internet, um agrande lutador pelo desenvolvimento do BCR no Brasil.
Vamos acompanhar nas suas respostas nesta entrevista e saber o que pensa este grande e ilustre carioca, do Morro do Santo Cristo, rubro-negro e Candango de coração:
LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em
Cadeiras de Rodas no Brasil, continua sendo o "esporte paraolímpico nº 1” ?
Mário Balthar - No contexto geral é bom, mas precisamos de
continuidade. Ainda acredito que o Basquete continua sendo o esporte
paraolímpico nº 1 do Brasil, mas estamos vendo outras modalidades chegando e
aparecendo e isso pode mudar o quadro no futuro.
LF - Você foi o pioneiro da transmissões dos jogos pela Internet,
por que voce acha que as transmissões não estão acontecendo, voce acredita que
é viável fazer este tipo de transmissões?
Mário Balthar - Bem ter sido o pioneiro nas transmissões dos
jogos pela internet, foi atendendo um pedido da galera que votaram na época
numa enquete no site da CBBC pela transmissão.
O porquê de não estar sendo transmitido
hoje, somente a CBBC pode responder.
Mas que é muito viável e a custo baixo,
realizar as transmissões. Temos público para isso e já mostramos
anteriormente.
LF - O que voce pensa sobre a organização do Calendário Oficial do
Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?
Mário Balthar - Olha como tudo na nossa vida tem que ter
planejamento e quando isso não acontece pagamos pelos problemas que possa
acontecer. Um calendário independente de ser esportivo ou não tem que ser
planejado e divulgado com antecedência, para dar aos possíveis patrocinadores
opção para investir ou não, mas com tempo hábil, até porque eles também fazem
planejamentos com os calendários anuais divulgados.
LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base
do Basquete em cadeira de rodas?
Mário Balthar - Tenho acompanhado mesmo de longe o renovação,
mas acredito que ainda temos um lacuna muito grande, porque precisamos de
recursos para poder ajudar os clubes a investirem em novos valores, porque
sabemos que os clubes carecem de recursos para manter e renovar seu plantel.
LF - Como voce vê o investimento nas formação de novos
profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?
Mário Balthar - Isso tem que ser constante, vi esse trabalho
no Rúgbi onde durante o Brasileiro aconteceram vários eventos com os
profissionais envolvidos trocando experiências.
LF - Como voce vê os resultados da Seleção Masculina que não foi a Paraolimpíadas
de Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?
Mário Balthar - Bem, eu vejo como um ciclo. O nosso
basquete está passando por uma transformação. Infelizmente não veremos o Brasil
(masculino) nas competições importantes internacional, mas tenho certeza que
com um trabalho sério que acredito que a CBBC esteja realizando estaremos
colhendo os frutos lá na frente, mas para isso não pode faltar um planejamento
eficaz de longo prazo.
LF - E a Seleção feminina, a que se deve os resultados melhores que
o masculino nos últimos anos?
Mário Balthar - Bem a Seleção feminina como todos sabem, tem a
base da equipe do Caju que realiza um grande trabalho a muito tempo.
Manter em atividade 4 equipes, sendo 2
masculinas e 2 femininas é mérito do Caju.
Com base nisso e com atletas convocadas de
outras equipes femininas, a Seleção feminina se torna forte e acredito que
chegará a hora do tão sonhado título Mundial e Paraolímpicos.
Bem eu continuo acreditando numa Seleção
tanto masculina como feminina forte. Mas temos que lembrar que os
artistas do espetáculo são os atletas, técnicos, árbitros e
classificadores. Ainda temos tempo para fazer bonito em 2016, juntos clubes
e CBBC poderão fazer a diferença.
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