sábado, 28 de dezembro de 2013

Veja mais uma entrevista que traz o Professor JAILTON LUCAS DE MIRANDA. Mais um lutador por nossa modalidade.

O Professor JAILTON LUCAS DE MIRANDA é mais um lutador por nossa modalidade. Veja algumas informações sobre sua carreira: Professor de Educação Física, técnico de BCR há 15 anos, campeão do Regional Nordeste algumas vezes, Campeão Brasileiro da 2ª Divisão - Campo Grande MS, 6ª melhor equipe da 1ª Divisão pela FUNAD em 2008, auxiliar técnico das Seleções do Nordeste por duas vezes, auxiliar técnico da Seleção Sub-23 - Caldas Novas GO e por último, convocado em 2009,  para a  Comissão Técnica da Seleção Principal, onde pedi licença de viajar para cuidar da nossa equipe que passava por dificuldades e fui cortado. Atualmente estou na AAPD/PB, onde no último campeonato conseguimos o acesso para a 2ª divisão em 2014. Vamos aproveitar a sua experiência e conhecer a avaliação que faz do momento atual do Basquete em Cadeira de Rodas no Brasil.


LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continuamos sendo o "esporte paraolímpico nº 1”?

PROF. JAILTON - Em relação aos resultados, temos um número grande de clubes associados, todavia, muitos inadimplentes. Outros que por motivos diversos, deixaram de participar das competições.


LF - Quanto às transmissões dos jogos pela Internet, você acompanhava? Por que você acha que as transmissões não estão acontecendo, você acredita que seria importante fazer as transmissões dos jogos?

PROFº JAILTON - Eu não acompanhava as transmissões pela internet com frequência, mas os amigos, as pessoas que nos ajudam, logo após o final dos jogos, já nos ligavam parabenizando pela conquista e também pela divulgação da modalidade;


LF - O que você avalia sobre o Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

PROFº JAILTON - Organização no calendário nunca houve. O CPB em dezembro, já divulgou o calendário para 2014, com a CBBC, somente dois meses antes é que ficamos sabendo onde será as competições, quando não coincide o calendário como em 2013, com outras modalidades, inclusive avisamos isso na Assembleia no Recife, mas nada adiantou

LF - Você acredita que adiamentos das competições como este ocorrida agora dos campeonatos Brasileiros , atrapalha quanto ao relacionamento com os Patrocinadores?

PROFº JAILTON - Não somente com os patrocinadores, mas com os atletas também, porque eles têm seus patrocinadores e querem divulgação.

LF - Como você avalia os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?

PROFº JAILTON - Acredito que investir no trabalho de base e dar sustentabilidade é fundamental. Tem clubes espalhados pelo Brasil, com atletas de destaques que não dispõem de recursos, aqui no Nordeste já chegamos a ter 20 equipes inscritas no Regional e esse nível diminuiu.
Quanto a não participação da seleção masculina principal nos mundiais, é falta de investimento e renovação.

LF - E a Seleção feminina, na sua visão a que se devem os resultados melhores nos últimos anos? E quanto às equipes femininas no Brasil, você acredita que este desenvolvimento tende a se expandir para os demais estados e não ficar concentrado como hoje está?

PROFº JAILTON - Primeiro é o nível das equipes que não é tão elevado quanto as equipes masculinas, depois, estão aparecendo excelentes atletas femininas e o trabalho de renovação do Caju em Belém é importante e em São Paulo estão aparecendo mais equipes femininas.

LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas, você acredita que poderemos ter competições de clubes sub 23, ou até mesmo o basquete participar dos Jogos Escolares Paralímpicos?

PROFº JAILTON - Aqui no Nordeste não está havendo, principalmente com a Paraíba, somente estamos sobrevivendo há 15 anos porque temos uma parceria com o Estado e Prefeitura. Veja o caso de Recife já foi uma potência no BCR, mas infelizmente ou felizmente pra eles, muitos vão para outros clubes.

LF - Como você vê o investimento na formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

PROFº JAILTON - Estamos aguardando Bolívar realizar uma clínica em Fortaleza para que possamos participar, ele falou que seria em 2014. Precisa de mais clínicas, novos técnicos capacitados, uma liga no Nordeste não somente o Regional, para movimentar o BCR. Às vezes quando acontecem clínicas em São Paulo, fica difícil de a grande maioria participar.

LF - Na região Nordeste, nos últimos anos, vimos uma evolução no numero das equipes, na sua avaliação a qualidade técnica tem acompanhado este processo de crescimento numérico? As  novas equipes que tem surgido, estão conseguindo evoluir tecnicamente e se manter ativas nas competições?


PROFº JAILTON - O Nordeste já chegou a ser o maior campeonato em número de equipes participantes, muito embora a qualidade técnica de algumas equipes ainda estão muito aquém (é somente observar alguns resultados elásticos), nesse último regional, o nível de equipes diminuíram por não se manterem ativas nas competições.



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Uma contribuição que veio do Rio Grande do Sul - Manoel Goes - vamos conhecer suas avalizações sobre o atual estágio de desenvolvimento do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil.



Vamos conhecer melhor o Manoel Goes Sobrinho - Trabalhando junto com o atual Presidente João Carlos Mariani, foi fundador do CIDeF em 1996, em 2009 assumi como Presidente da Associação. Até então jogávamos somente amistosos, torneios na região sul sem muitos objetivos. Na gestão de Manoel foi quando o professor Tiago José Frank entrou no projeto, com o objetivo em dar um aspecto mais profissional à equipe, neste mesmo ano começamos a nos estruturar com vista à disputa do campeonato brasileiro do ano seguinte e em 2010, nos classificamos para o brasileiro da divisão de acesso onde terminamos em 4º lugar, no ano de 2011, fomos vice-campeões da 3º divisão perdendo a final para a equipe da Afadefi por seis pontos. Em 2012, terminamos em 7º lugar o brasileiro da 2º divisão. Após 04 anos a frente do CIDeF entregou a presidência com a sensação de dever comprido. Atualmente sou tesoureiro da associação que neste ano conseguiu ficar entre os quatro melhores da segunda divisão do Brasileiro.


LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continuamos sendo o "esporte paraolímpico nº 1”?

MANOEL GOES - Temos excelentes equipes que se preocupam com o desenvolvimento do basquete em cadeira de rodas no Brasil, tanto é que fomos campeões sub 21 na argentina em outubro.  Infelizmente não vejo essa mesma disposição na CBBC, cancelando competições a dois dias do início, onerando com isso os clubes, com essa desorganização, não tem como considerar o BCR o esporte paralímpico nº 1, se não temos nem calendário definido, exemplo disso é o CPB, que já divulgou todo o calendário para 2014, facilitando a busca de recurso e programação dos clubes. Quando tivermos isso na CBBC, poderemos nos considerar o nº 1.


LF - Quanto às transmissões dos jogos pela Internet, você acompanhava? Por que você acha que as transmissões não estão acontecendo, você acredita que seria importante fazer as transmissões dos jogos?

MANOEL GOES - Sim acompanhava e também divulgava para que outros adeptos acompanhassem... Até hoje não entendo porque parou, era uma ferramenta a mais que tínhamos para buscar apoio, mostrando a possíveis colaboradores que sua marca poderia ser vista por um grande numero de pessoas que acompanhavam os jogos.

LF - O que você avalia sobre o Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

MANOEL GOES - Qual calendário? Esse atual, onde somos informados duas semanas antes da competição o local e data, ai termos que correr atrás de passagens a preços exorbitantes. Visto que estamos no sul do país e normalmente as competições são no nordeste e ainda correr o risco de um dia antes a CBBC cancelar o campeonato. Isso para mim não é organização. Organizado seria se no início do ano tivéssemos as competições com local e data pré-definida, facilitando a busca de recursos, apoio e até passagens mais em conta.

LF - Você acredita que adiamentos das competições como este ocorrida agora dos campeonatos Brasileiros , atrapalha quanto ao relacionamento com os Patrocinadores?

MANOEL GOES - Com certeza atrapalha, pois o que o patrocinador quer ver é sua marca exposta em algo organizado e esses cancelamentos acabam fragilizando a credibilidade dos clubes diante ao patrocinador.

LF - Como você avalia os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?

MANOEL GOES - Acredito que deva ocorrer uma renovação, começando pela comissão técnica, alguém com novas ideias, uma nova visão e buscar renovar a equipe, pois temos ótimos atletas pedindo passagem e não estão tendo oportunidade, nada contra os atuais atletas da seleção principal, são grandes jogadores, mas porque não apostar em atletas novos?


LF - E a Seleção feminina, na sua visão a que se devem os resultados melhores nos últimos anos? E quanto às equipes femininas no Brasil, você acredita que este desenvolvimento tende a se expandir para os demais estados e não ficar concentrado como hoje está?


MANOEL GOES - A seleção feminina tem conquistado melhores resultados pelo conjunto que tem, pois em sua maioria são atletas da mesma equipe... mas a médio prazo acredito que deva ser expandido esse leque e dado oportunidade a atletas de outras regiões. Um maior apoio da CBBC, que pouco ou quase nada investe no feminino, deixando atletas com um grande potencial fora da seleção, por ter concentrado tudo em um grupo fechado.

LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas, você acredita que poderemos ter competições de clubes sub 23, ou até mesmo o basquete participar dos Jogos Escolares Paralímpicos?

MANOEL GOES - Não acredito que em curto prazo isso venha a acontecer, pois com o pouco recurso das equipes, não esta fácil formar novos atletas e falta incentivo por parte da CBBC para apoiar as equipes. Há algum tempo era promessa da CBBC de contratar uma empresa especializada para apoiar as equipes nos projetos da Lei de Incentivo ao Esporte, até hoje isso não ocorre, as equipes conseguem aprovar seus projetos e tem sérias dificuldades na hora de captação de recursos.


LF - Como você vê o investimento na formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

MANOEL GOES - Deveria acontecer paralelo às principais competições de nosso calendário, clínicas para formação de técnicos, árbitros e classificadores. propondo as equipes ou federações levar esses profissionais e a CBBC bancar a clinica.

LF - Na região sul, nos últimos anos, vimos uma evolução no numero das equipes, na sua avaliação a qualidade técnica tem acompanhado este processo de crescimento numérico? As  novas equipes que tem surgido, estão conseguindo evoluir tecnicamente e se manter ativas nas competições?

MANOEL GOES - Sim temos conseguido formar novas equipes graças a calendários que deixam essas equipes ativas o ano todo, onde equipes em formação buscam informação e até apoio para conseguirem se desenvolver. Temos hoje na região sul juntando as quatro divisões do brasileiro 8 equipes jogando e muitas outras buscando seu espaço.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Fábio Souza trás mais uma contribuição para o debate sobre o desenvolvimento do Basquete em Cadeira de Rodas no Brasil.



Na entrevista de hoje vamos conhecer as ideias de mais um batalhador pelo desenvolvimento do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil. Fábio Sousa, vejam nas respostas abaixo a avaliação que Fabio faz do momento atual do BCR no Brasil.

LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continua sendo o "Esporte Paraolímpico nº 1” ?

FÁBIO SOUZA – Não, definitivamente, não é mais o esporte nº 1, acho que regredimos com nossa seleção e em minha opinião, o BCR não está sendo bem gerido, temos diversos problema com competições, com resultados da seleção, não vejo muita transparência na gestão atual da CBBC e creio que uma mudança na condução da CBBC seria muito bem vinda.

LF - Quanto as transmissões dos jogos pela Internet,  voce acompanhava? Por que voce acha que as transmissões não estão acontecendo, voce acredita que seria importante fazer as transmissões dos jogos?

FÁBIO SOUZA – Eu acompanhava todas as transmissões e divulgava para meus amigos, era incrível assistir aos jogos dos Campeonatos  pelo Brasil, não sei o motivo pelo qual as transmissões pararam, mas, seria muito positivo e agregador, voltar a transmitir, sem publicidade não há crescimento e essa era uma forma de fazer o esporte crescer.

LF - O que voce pensa sobre a organização do Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

FÁBIO SOUZA – Acho que precisamos evoluir muito com a organização, as competições sofrem atraso, locais de competição inadequados e sem público, falhas na organização durante as competições, eu sei que problemas acontecem, mas, temos tido problemas repetidos, parece que não estamos aprendendo com os próprios erros.

LF - Você acredita que adiamentos das competições como este ocorrida agora dos campeonatos Brasileiros , atrapalham quanto ao relacionamento com os Patrocinadores?

FÁBIO SOUZA – Isso é simplesmente inadmissível, adiar uma competição como essa, provocando transtorno na vida pessoal dos atletas, no transporte dos clubes e em todo o planejamento feito é muito ruim para o BCR e para a CBBC, são coisas assim, que não podem acontecer, que passam a ideia de desorganização total.

LF - Como voce avalia os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no próximo?

FÁBIO SOUZA – Acho que a seleção deveria ter uma mudança em sua direção, não nada pessoal contra nenhum técnico, nem tenho motivos para isso, mas já estamos com a mesma técnica a muito tempo e não sei se houve alguma mudança recentemente, mas isso deveria acontecer, pessoas com idéias novas, um gás novo, seria necessário para começar uma mudança. A ausência da seleção em competições importantes, perdendo a vaga para seleções que já tínhamos ultrapassado, foi a mostra do quanto ficamos para trás no cenário internacional.

LF - E a Seleção feminina, a que se devem os resultados melhores que o masculino nos últimos anos?

FÁBIO SOUZA – Acho que o fortalecimento de algumas equipes pelo Brasil, especialmente no Norte do País, aliada ao talento das meninas e ao esforço da Comissão Técnica, proporcionaram resultados inéditos, mas, não podemos esquecer que ainda temos poucas equipes femininas e se quisermos que os resultados continuem aparecendo, será necessário a criação de mais equipes femininas, 2016 está logo aí, precisamos correr para fazer um bom papel.

LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas?

FÁBIO SOUZA – Não tenho visto investimentos nas categorias de base, acho que poucas equipes no Brasil tem essa possibilidade e a CBBC não está fomentando a base, para colher frutos no futuro, precisamos investir agora, fico até triste em ver que muita coisa continua a mesma de anos atrás.

LF - Como voce vê o investimento nas formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

FÁBIO SOUZA – Também não tenho visto investimento nos profissionais, embora alguns clubes tenham tentado renovação, o mérito tem sido deles, dos clubes é quando algo diferente acontece.

LF - Como está o trabalho em São Paulo, da Federação, competições, cursos..e as novas equipes?

FÁBIO SOUZA – Em São Paulo o trabalho é muito bem elaborado e conduzido, é claro que temos problemas, mas, a Direção de Federação Paulista é muito comprometida e tem ajudado e muito no desenvolvimento e crescimento do BCR no estado, uma dificuldade é o surgimento de novas equipes, isso ainda é muito tímido, creio que os valores envolvidos com a compra das cadeiras esportivas, a necessidade da estrutura para treinamento e de profissionais habilitados dificultam o aparecimento de novas equipes. Alguns cursos tem sido ministrados para os profissionais da área, mas sabemos que temos muito a progredir e creio que precisamos de um esforço conjunto entre Federação, Clubes e atletas.

Espero sinceramente que continuemos progredindo com o BCR no Brasil, temos um potencial incrível, precisamos aproveitar isso e aproveitar o momento, o fato de sediarmos as Paralimpíadas no Brasil em 2016, pode nos ajudar muito com o desenvolvimento desejado.

Um trabalho sério, sem bairrismo, profissional, multidisciplinar é o caminho, em minha opinião.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mais uma entrevista com um profissional que dedica-se com paixão pelo Basquetebol em Cadeiras de rodas - PROFESSOR SILENO SANTOS.






Nesta entrevista  vamos conhecer as ideias sobre alguns temas relevantes de mais um profissional que dedica sus competência para o Basquete em Cadeiras de Rodas. Sileno Santos, uma década dedicada ao desenvolvimento de BRC.

  
LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continua sendo o "esporte paraolímpico nº 1" ?

SILENO - Acredito que o BCR ainda é o esporte número 1 em número de praticantes, por ser uma modalidade altamente inclusiva o que possibilitada maior oportunidade de participação, mas está longe de ser a modalidade paralímpica número 1 em termos de resultados. Posso falar do que se passou nos últimos dez anos, porque esse é o tempo em que atuo no BCR. Não vejo desenvolvimento na modalidade em termos de resultados.  As principais equipes continuam sendo, hoje, as mesmas dos últimos dez anos atrás assim, como os atletas. Isso mostra que não há desenvolvimento técnico que é o que mais nos interessa. Existem mais equipes que foram criadas por todo o Brasil. Não podemos esquecer que existem campeonatos da 1ª, 2ª e 3ª divisões, além da divisão de acesso e brasileiro feminino. Se existem essas competições é porque houve aumento da quantidade de equipes e, assim o BCR pode pensar que ainda é o esporte Paralímpico número 1. 
Vemos profissionais diferentes na classificação funcional e arbitragem, independentemente do nível de conhecimento e um maior envolvimento de técnicos interessados na modalidade.
Em termos de equipamentos. Nossas cadeiras continuam muito ruins, além é claro do seu alto custo bem como de seus componentes. 
Vejo avanço em termos de informações. Hoje as competições podem ser acompanhadas via internet e até TV. Isso populariza a modalidade atraindo mais pessoas interessadas e podemos ver, por exemplo a participação da seleção em competições como parapanamericanos, Copa América, jogos paralímpicos, mundiais etc. Antigamente, apenas ouvíamos falar de como foram os jogos. Hoje podemos assistir e analisar os jogos dessas competições e assim estarmos sintonizados com a evolução da modalidade no mundo. É de graça basta procurar e se interessar.

LF - Quanto as transmissões dos jogos pela Internet,  voce acompanhava? Por que voce acha que as transmissões não estão acontecendo, voce acredita que seria importante fazer as transmissões dos jogos?

SILENO - Não acompanhava muito as transmissões, sabia do trabalho realizado. Acho importante ter as transmissões desde que com uma qualidade mínima.

LF - O que voce pensa sobre a organização do Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

SILENO - Falar em calendário é falar em organização. Estamos num ano que efetivamente não foi planejado. 2013 foi ano de troca de diretoria na confederação, onde na minha visão houve uma preocupação com o vencer a eleição, mas não houve um planejamento mais profundo. Um exemplo disso foi a participação da seleção brasileira masculina no torneio de qualificação para o mundial Sub-23, se não me engano no México. Mal houve tempo de preparar a equipe e fomos surpreendidos com informações desencontradas sobre como a nossa seleção poderia estar composta e jogadoras do sexo feminino que foram convocadas estiveram lá e não puderam participar, havendo jogadores em condições de jogo que deixaram de ser convocados. 
Entendo que trabalhar com recursos públicos não é fácil, principalmente quando para cumprir um calendário da modalidade no Brasil é necessário o apoio das equipes para sediar os eventos e isso não depende somente de quem realiza. Mas um calendário oficial para quem não tem recursos próprios é complicado. Sempre será difícil para quem organiza não ter autonomia de recursos e independência dos clubes para realizar os campeonatos.

LF - Você acredita que adiamentos das competições como este ocorrida agora dos campeonatos Brasileiros , atrapalham quanto ao relacionamento com os Patrocinadores?

SILENO - Não sei quantas equipes tem patrocínio direto para que essa situação venha a ser problemática. Acredito que os clubes não terão prejuízos financeiros. Assim não vejo isso atreleado a patrocinadores. Acho que explicando não há problemas. O maior problema em adiar essas competições está relacionado a motivação da equipe, uma vez que não havendo competição não há porque treinar, ou imagina você treinar sua equipe deixando-a preparada para uma data e de repente é outra. O atleta não é máquina para você ligar e desligar a todo instante. Existe desgaste físico e mental que certamente irá interferir na apresentação das equipes.

LF - Como voce avalia os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?

SILENO - Avalio como um reflexo do não desenvolvimento da modalidade nos últimos dez anos. Sem desenvolvimento não há como participar de competição, a não ser como convidados.

LF - E a Seleção feminina, a que se deve os resultados melhores que o masculino nos últimos anos?

SILENO - Acho que comparar não é o principal. Cada um poderá defender o que mais lhe convier. Acho que devemos ficar contentes com o resultado do feminino, assim como ficaríamos contentes caso o masculino se estive em melhores condições em nível internacional. São situações diferentes. O Brasil quando superou o México, no feminino, em termos de resultado demonstrou desenvolvimento. Conquistou na quadra, o direito de ir as paralimpíadas de Londres e lá pôde observar que ainda há muito o que melhorar. Ficar comparando resultados das seleções masculina com a feminina não irá trazer o desenvolvimento de nenhuma delas. 

LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas?

SILENO - Não há investimento. Os clubes bancam esse desenvolvimento integral. Ter os atletas convocados para participar da seleção não significa que esteja existindo um trabalho além do que alguns clubes fazem.

LF -Como voce vê o investimento nas formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

SILENO - Hoje não evolui e não se especializa quem não quer. A informação não vem, temos que ir buscá-la. E há muitos cursos no Brasil e exterior, existem livros, artigos etc.
Por traz da formação e desenvolvimento existe uma palavra chave: a oportunidade.
Novos classificadores, árbitros e técnicos precisam de oportunidades para crescer, assim como novos atletas. Poucos são os que procuram especialização ou melhorias técnicas onde não enxerguem a oportunidade de atuação como fator motivacional. Há quem não se importa para isso e continuam procurando melhorias, mas na maioria da vezes o que passa na cabeça do atleta é que se ele não enxergar oportunidades sua motivação estará em baixa, o mesmo podendo ocorrer para os profissinais.

Lincoln, obrigado pelo convite para responder as perguntas e gostaria de deixar a abertura para quem quiser conversar sobre basquetebol em cadeira de rodas meu email silenosantos@bol.com.br

MAIS UMA ENTREVISTA COM OUTRO GRANDE BATALHADOR PELO ESPORTE PARAOLÍMPICO NO BRASIL - ALEXANDRO VELHO




































Caros,

Dando continuidade as entrevistas sobre o desenvolvimento do basquete em cadeira de rodas no Brasil, vamos agora conhecer as idéias do Alexandro Velho, Presidente do CEPE - Centro esportivo para Pessoas Especiais de Joinville - Santa Catarina. Jogador de basquete em cadeiras de rodas, um grande batalhador, não só pelo esporte paraolimpico, como também pela inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.

LF -  Alexandro Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continua sendo o "esporte paraolímpico nº 1”?

Alexandro Velho - Obrigado Lincoln pela oportunidade em participar dos diálogos que estão acontecendo a respeito do BCR no Brasil.
Respondendo a pergunta. Vejo com muito carinho e tristeza ao mesmo tempo. Carinho, pois em todos os Estados que estive, nos times contra os quais joguei, os dirigentes, os técnicos, os atletas com quem converso, todos são unanimes em demonstrar que fazem um esforço homérico para desenvolver o esporte no Brasil. Quanto a isto não é segredo de ninguém, independente de ser esporte paralímpico ou convencional, subtraio aqui o futebol onde há recursos de ordem faraônica e é o esporte que o brasileiro escolheu como sendo seus, nós do basquete em cadeira de rodas, matamos um leão por dia para fazer acontecer. São investimentos com equipamentos, viagens, materiais, pessoal, que para angariá-los, é muito difícil. Mas mesmo assim. Não vejo nenhuma destas pessoas, que estão na luta por direitos das pessoas com deficiência, e especialmente as do movimento BCR, querem continuar apesar da dificuldade e pelo amor a este esporte, que aqueles que conhecem sabem, é maravilhoso. Neste sentido há um carinho imenso por todos que se doam ao auxiliar no desenvolvimento do BCR.
Em contrapartida vem a tristeza, e por que tristeza? Não há investimentos suficientes no setor. Vejo muitas equipes que começam com boa vontade, mas, no meio do caminho, só à vontade sem investimentos fazem com que estes clubes quebrem. E são várias pessoas que poderiam buscar uma melhor qualidade de vida, um modo de viver melhor e restaurar toda a autoestima. Isto me entristece. E outra atitude que me deixa um pouco entristecido, são a falta de calendário em nossa modalidade. Começamos os anos, imaginando, que vamos jogar regionais, divisões nacionais, mas, não sabemos quando. Receber o aviso com 30 dias, muitas vezes encarece em 90% o custo logístico, o que inviabiliza muitas vezes a ida de algumas equipes as competições. Penso que para estruturar melhor, nosso calendário deveria ser apresentado no segundo semestre do ano corrente para acontecer no ano subsequente, isto possibilitaria um planejamento das equipes contribuindo sim, para que todas possam buscar passagens até com um vasto desconto, visto a antecedência do evento.
Mas não quero ser pragmático. Acredito neste esporte, assim como acredito que há muito por acontecer até 2016. Quero ver nossa equipe principal, masculina e feminina mandando bem nesta competição! #euacredito
LF- Você entende como importante a transmissão dos jogos pela Internet, por que você acha que as transmissões não estão acontecendo, você acredita que é viável fazer este tipo de transmissões?
Alexandro Velho - Informações, transmissões, há como são importantes em uma era de comunicação. Hoje, não conseguimos ficar 2 minutos em uma fila para aguardar algo, imagina, quando você tem intenção em ver algo que lhe interessa! Nós, aqui coloco a fala de muitos outros que conheço, amamos o BCR, na época das transmissões, acredito que em 2009/2010, foi um ápice. Todos que não havia chegado a divisão de acesso, ter oportunizado as imagens em tempo real de cada partida, faziam todos terem maior interesse pelo esporte, em poder participar destes eventos, de estar em uma divisão do nacional. Lembro que assistia, interagia e obtinha informações em tempo real. Sabíamos dos resultados. Isto nos aguçava. Na final do Brasileiro da 2ª divisão em Niterói, quando soubemos que haviam plugadas mais de 10mil pessoas foi o ápice, e era gostoso ver familiares e amigos com possibilidade de assistir as partidas. Não saberia dizer os “porquês” que fazem estas transmissões não acontecerem. Mas vejo como faltam em cada campeonato algo para que os atletas possam ter informações. Mesmo que não haja transmissão, poderíamos ter um sistema em tempo real informando o placar. Assim como na NBB, quando não conseguíamos assistir aos jogos acompanhávamos pelo placar eletrônico. Saber se ganha ou se perde, também faz parte do jogo! Hoje com banda larga em quase todos os locais e com um notebook e webcam, você consegue disponibilizar. Existem ferramentas, não vou agora me importar com a qualidade da imagem e outras coisas. Mas sim, com baixo custo você consegue informar, interagir e o melhor, apropriar tantos que amam esse esporte a ter a informação, para que não fique restrita àqueles que estão participando do evento somente.
LF - O que você pensa sobre a organização do Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?
Alexandro Velho - Citei em outra resposta. Calendário, como o próprio nome já diz, como o contador diz “Ano fiscal”, como no esporte é descrito “Temporada”, enfim são várias formas de se comunicar um calendário. Quando você administra um negócio, seja próprio, seja de terceiros, ou seja, apenas funcionário de alguma instituição, quando chega dezembro do ano corrente, você já planejou, 1º, 2º 3º e está finalizando o 4º trimestre do ano seguinte. Isto é planejar com antecedência, para então diminuir surpresas no próximo “Ano Fiscal” ou “Temporada”.
Como no nosso caso, os investimentos escassos, cada equipe precisa se apropriar com muita antecedência para levar suas equipes para competições, isto tem investimento logístico, e sabemos que em um país, com dimensões continentais como o nosso, quando você tem uma competição em um estado vizinho, ou até mesmo em seu estado, o custo é menor, porém quando você é do Norte e sua competição acontece no Sul, todos nós sabemos o quanto sua linha de investimento para esta competição precisa ser incrementada.
Olhando por este prisma, ainda acredito que calendário, deve ser apropriado no máximo no ultimo semestre do ano corrente, quando as competições estão em andamento, desta forma as equipes finalizam o ano tendo por base onde será a competição do próximo ano. Facilita a todos. Inclusive na questão de projetos para captação de recursos. É apenas uma tese, mas vejo que em todos os sistemas ao qual estamos inseridos, quando você planeja, os riscos de “apagar incêndios” são muito menores.
LF - Como você vê os resultados da Seleção Masculina que não a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?
Vejo com bons olhos o investimento em algumas modalidades visando 2016. Acredito que nosso Basquete, tem tudo para retomar o caminho da estrada rumo a ir ao próximo mundial e fazer bonito em 2016. Existem ótimos jogadores nesse Brasilzão!  Precisamos é centrar esforços e colocar grupos (equipe atuais e novas) por maiores momentos treinando juntos. Para ai sim, desenvolver um trabalho consistente! Cada qual em seus times faz e dá o seu melhor. Quando jogam em conjunto, eu não acredito que com poucos dias de treinamento, possam gerar harmonia e identidade de um time (equipe) focado. Juntar 30 atletas, mensalmente por 1 ou 2 semanas, ou a cada bimestre, enfim, criar identidade de Seleção. Não tenho dúvidas que podemos aperfeiçoar e maximizar uma Seleção para 2016. Temos ótimos atletas, e tenho certeza de que vários deles tem interesse em dar seu melhor pela amarelinha!
 LF - E a Seleção feminina, a que se devem os resultados melhores que o masculino nos últimos anos?
Alexandro Velho - A seleção brasileira feminina acontece justamente o inverso que sugeri na seleção masculina. Toda e qualquer pessoa sabe que a base da seleção feminina tem entrosamento, tem harmonia e há muito tempo jogam juntas, treinam juntas. Não quero dizer que devemos ter uma seleção masculina com base em um time x no Brasil. Mas os melhores resultados da feminina é a quantidade de treino que elas têm, e isto faz diferença sim.
LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas?
Alexandro Velho - A gurizada vem e isso vai acontecer de uma forma ou de outra. Quando o clube que participa, tem a chancela do CPB para desenvolver um projeto infantil, há recursos, agora quando esse jovem participa somente com a equipe, e o clube é somente a equipe, quando não há recursos, ela vai se desenvolver conforme manda a regra. Com aquilo que o clube tem a oferecer. Não há investimento na base, ainda falta um trabalho específico para os clubes com jovens abaixo de 23 anos, e acredito que deveria existir uma política para desenvolvimento e investimento nessa galera. É só assim que vamos ter resultados no médio, longo prazo.
LF - Como você vê o investimento na formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?
Alexandro Velho - Serve a mesma linha de raciocínio da resposta anterior. É preciso de maior intercambio, entre estados, entre equipes  e entre todos os envolvidos. Desenvolver e motivar as pessoas a participar do movimento. Não é tão simples como parece.
LF - Você tomou conhecimento do lançamento do "BOM SENSO - ATLETAS DO BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS”. Você entende que estas mobilizações podem contribuir para a melhoria do BCR?

Alexandro Velho - Assim como em todo e qualquer movimento, é necessária a discussão. É se faz necessária a mobilização por parte dos interessados para que possamos melhorar cada vez mais esse esporte que amamos e que admiramos por fazer parte e que tanto queremos bem. Ser o esporte paralímpico nº 1 do Brasil, é responsabilidade, é credibilidade, é orgulho a todos que fazem parte. O movimento BOM SENSO, vem em um bom momento. Tanto para apropriar-se de informações e obter cada vez mais informações pertinentes ao respeito das atividades da Confederação. Vale ressaltar, em meu ponto de vista, não vamos entrar no mérito da gestão. Estou falando como atleta, que assim, como vários outros amigos meus, querem maior respeito. Para poderem se apropriarem e poder ver acontecer os eventos propostos, os atletas querem, e amam jogar seus brasileiros. Todos tem o maior interesse para que possamos melhorar! Ser os melhores e poder encher o peito e dizer: “SIM SOMOS O ESPORTE Nº 1 DO BRASIL E OS MELHORES E MAIS BEM ESTRUTURADOS TAMBÉM!”.

Obrigado Alexandro Velho - por suas reflexões e contribuições!!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ATLETAS E TÉCNICOS LANÇAM O MOVIMENTO "BOM SENSO - ATLETAS E TÉCNICOS DO BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS".



Não podemos ficar plantados aguardando as coisas mudarem
 se não nos mobilizarmos e participarmos nada muda!!


Parabéns pela iniciativa, agora é incentivar para que todos possam participar deste movimento e  entrar neste debate.

Você ainda não conhece, entre no link abaixo e participe:

https://www.facebook.com/pages/Bom-Senso-Atletas-Basquete-em-Cadeira-de-Rodas/251374771684574

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ENTREVISTA COM MÁRIO BALTHAR - EX-ATLETA E LUTADOR PELO BCR BRASIL.


Mais uma entrevista com quem constrói a historia do Basquetebol em Cadeira de Rodas do Brasil.

Mário Balthar, ex-atleta, ex-dirigente técnico de equipes de BCR, trabalhou na CBBC com a transmissão de jogos das competições pela Internet, um agrande lutador pelo desenvolvimento do BCR no Brasil.

Vamos acompanhar nas suas respostas nesta entrevista e saber o que pensa este grande e ilustre carioca, do Morro do Santo Cristo, rubro-negro e Candango de coração:

LF - Como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil, continua sendo o "esporte paraolímpico nº 1” ?

Mário Balthar -  No contexto geral é bom, mas precisamos de continuidade. Ainda acredito que o Basquete continua sendo o esporte paraolímpico nº 1 do Brasil, mas estamos vendo outras modalidades chegando e aparecendo e isso pode mudar o quadro no futuro.

LF - Você foi o pioneiro da transmissões dos jogos pela Internet, por que voce acha que as transmissões não estão acontecendo, voce acredita que é viável fazer este tipo de transmissões?

Mário Balthar -  Bem ter sido o pioneiro nas transmissões dos jogos pela internet, foi atendendo um pedido da galera que votaram na época numa enquete no site da CBBC pela transmissão.
O porquê de não estar sendo transmitido hoje, somente a CBBC pode responder.
Mas que é muito viável e a custo baixo, realizar as transmissões.  Temos público para isso e já mostramos anteriormente.

LF - O que voce pensa sobre a organização do Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

Mário Balthar -  Olha como tudo na nossa vida tem que ter planejamento e quando isso não acontece pagamos pelos problemas que possa acontecer.  Um calendário independente de ser esportivo ou não tem que ser planejado e divulgado com antecedência, para dar aos possíveis patrocinadores opção para investir ou não, mas com tempo hábil, até porque eles também fazem planejamentos com os calendários anuais divulgados.

LF - Na sua visão como está o investimento nas categorias de base do Basquete em cadeira de rodas?

Mário Balthar -  Tenho acompanhado mesmo de longe o renovação, mas acredito que ainda temos um lacuna muito grande, porque precisamos de recursos para poder ajudar os clubes a investirem em novos valores, porque sabemos que os clubes carecem de recursos para manter e renovar seu plantel.

LF - Como voce vê o investimento nas formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

Mário Balthar -  Isso tem que ser constante, vi esse trabalho no Rúgbi onde durante o Brasileiro aconteceram vários eventos com os profissionais envolvidos trocando experiências.


LF - Como voce vê os resultados da Seleção Masculina que não foi a Paraolimpíadas de Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO?

Mário Balthar -  Bem, eu vejo como um ciclo.  O nosso basquete está passando por uma transformação. Infelizmente não veremos o Brasil (masculino) nas competições importantes internacional, mas tenho certeza que com um trabalho sério que acredito que a CBBC esteja realizando estaremos colhendo os frutos lá na frente, mas para isso não pode faltar um planejamento eficaz de longo prazo.


LF - E a Seleção feminina, a que se deve os resultados melhores que o masculino nos últimos anos?

Mário Balthar -  Bem a Seleção feminina como todos sabem, tem a base da equipe do Caju que realiza um grande trabalho a muito tempo.
Manter em atividade 4 equipes, sendo 2 masculinas e 2 femininas é mérito do Caju.
Com base nisso e com atletas convocadas de outras equipes femininas, a Seleção feminina se torna forte e acredito que chegará a hora do tão sonhado título Mundial e Paraolímpicos.

Bem eu continuo acreditando numa Seleção tanto masculina como feminina forte.  Mas temos que lembrar que os artistas do espetáculo são os atletas, técnicos, árbitros e classificadores.  Ainda temos tempo para fazer bonito em 2016, juntos clubes e CBBC poderão fazer a diferença.
  

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ENTREVISTA COM O ATLETA ALEX G. ALVES.

            

Estou iniciando uma série de entrevistas com atletas , ex-atletas, dirigentes, para tratarmos de temas importantes para o Basquetebol em Cadeira de Rodas do Brasil, começaremos esta série trazendo o Alex Alves, atleta desde 1992. Esteve na seleção no período de 1993 até 2010, quando por iniciativa pessoal decidiu não mais defender a seleção.

Campeão Paulista, Campeão Carioca, Campeão Brasileiro,Tri campeão Sul-americano pela seleção brasileira atualmente atleta da Add/Magic Hands. Uma referência em nossa modalidade e que certamente tem muito a contribuir com o BCR. vejamos alguns de seus pensamentos: 

LF - Alex como você avalia o desenvolvimento atual do Basquetebol em Cadeiras de Rodas no Brasil ?

Alex - Vejo uma tentativa da CBBC em desenvolver a modalidade porém ainda acho pouco e ainda falta um planejamento melhor e duradouro para que isso aconteça , precisamos fortalecer as federações e criar mais campeonatos assim revelar mais jogadores para o basquete.

LF - O que você pensa sobre a organização do Calendário Oficial do Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil?

Alex – Penso que antes de divulgar o calendário primeiro deveriam buscar verbas e lugares certos para a realização do depois divulgar caso contrário fica muito difícil e complicado as equipes se organizarem.

LF - Como você avalia os resultados da Seleção Masculina que não foi a Londres em 2012, não foi no último Mundial e também não estará no PRÓXIMO , em contra partida a Seleção feminina vem alcançando resultados muito melhores, o que você acha que está acontecendo?

Alex – Vejo uma diferença muito grande enquanto uma cresce e desenvolve a outra parece que parou no tempo, renovação é preciso porém com calma uma transição nunca é fácil.

LF - Como você vê o investimento nas formação de novos profissionais, técnicos, árbitros e classificadores em nosso país?

Alex – Os investimentos realmente não existem é só observar nos campeonatos disputados, temos sempre os mesmo profissionais atuando. Falta um investimento em clinicas para que se renovem os quadros, acredito também que falta comprometimento com a Modalidade Basquetebol em Cadeira de Rodas e não ir apenas pelo dinheiro.

LF - Como você avalia esta mudança na lei que dará o direito de voto aos atletas nas próximas eleições? Você acha que seria importante uma maior participação dos atletas nas discussões da modalidade?

Alex – Acredito que foi a melhor coisa que aconteceu. Agora os atletas terão mais responsabilidades em seus atos com a modalidade através do voto. As vezes a unanimidade é burra. Inclusive estamos pensando em reunir os atletas para discutir os temas que nos afetam.
Vejam o exemplo dos Jogadores de Futebol , estão lutando para a melhoria das condições de trabalho pra eles, por que não podemos fazer da mesma forma?

LF - Como você viu esta mudança das datas de realização dos Campeonatos Brasileiros, que seriam realizados agora em Dezembro e mudaram para Janeiro e Fevereiro de 2014?

Alex – Lamentável o que aconteceu atrapalhou a vida de muitos clubes e principalmente dos atletas. Acredito o que mais tenha deixado os atletas e clubes chateados foi que tudo isso aconteceu às véspera do Campeonato da 1ª Divisão que é o mais importante da nossa modalidade, com os melhores clubes e atletas de alto nível.

Em breve estarei trazendo mais opiniões de pessoas que fazem o Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil.

"BOM SENSO BCR BRASIL"

Caros,

Vejo com muita satisfação a movimentação de alguns atletas que já se mobilizam para criar , aos moldes do jogadores de futebol , um movimento de melhoria das condições dos atletas de Basquetebol em Cadeira de Rodas no Brasil.

A ideia, pelo que fiquei sabendo, é de movimentar pela Internet e até mesmo promover reuniões , durante as competições de Janeiro e Fevereiro, para discutir a pauta  que será apresentada a CBBC e ao CPB.

Parabéns a todos os atletas.

Vejam o face dos jogadores de futebol:

https://www.facebook.com/BomSensoFC14

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Porque os Brasileiros só acontecerão no ano que vem?

Atletas, Técnicos e Dirigentes do BCR.

A origem do problema está na falta de definição do calendário anual. Definir o calendário não é somente planejar datas, você tem que garantir todos os recursos para a execução dos campeonatos.

Neste mês de Dezembro deveríamos estar recebendo o calendário de 2014 e na verdade estamos discutindo o calendário de 2013, que não foi cumprido.
Pela própria nota colocada no site da CBBC percebemos que as negociações começaram em MAIO e como eles mesmo avaliam "com boa antecedência", será que foi? Vimos que não.

Qual o Patrocinador oficial da CBBC? Alguém soube porque a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL não está patrocinando nossa modalidade? Seriam recursos para promover o crescimento de BCR..

Outro problema está na fragilidade das Federações, que mal conseguem organizar sus competições locais. Enquanto não fortalecermos estas organizações Estaduais que em potencial poderiam contribuir com as negociações de realização dos Campeonatos Nacionais as dificuldades continuarão acontecendo.

Penso que com a mudança na legislação , que coloca os atletas e técnicos para votar na eleição dos presidentes penso que teremos pelo menos um debate maior sobre os caminhos que temos que tomar para desenvolvimento de nossa modalidade.

Veja sobre a MP 620 no link:

http://lincolnfiuza.blogspot.com.br/.../mudancas-nas...

A mobilização promove as mudanças que poucos não querem deixar acontecer !

O PARAESPORTE COMO IMPORTANTE FERRAMENTA DE INCLUSÃO E EMANCIPAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

O COMITÊ PARALÍMPICO INTERNACIONAL LANÇA NO DIA DE HOJE UM VÍDEO QUE TRAZ  O ESPORTE PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO E EMANCIPAÇÃO.

VEJA NO LINK:  https://www.youtube.com/watch?v=6RMOSDynkw8

O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC ) lançou um vídeo chamado "Tudo sobre a capacidade " para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas .

Dia este ano tem como tema " Quebrando Barreiras, Portas Abertas : para uma sociedade inclusiva e desenvolvimento para todos " .

O dia é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a acessibilidade com o objetivo final ou a remoção de barreiras e permitindo uma participação igual para todas as pessoas com uma deficiência .

Vídeo do IPC celebra as contribuições feitas por para-atletas como agentes de mudança e desenvolvimento nas comunidades em que vivem.

Ela expressa a aspiração do IPC que as performances e histórias incríveis de atletas ensinar os valores de aceitação e apreço para as pessoas com uma deficiência , contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa , com respeito e igualdade de oportunidades para todos os indivíduos.

Ao nomear o filme " Tudo sobre a capacidade " , o IPC enfoca as habilidades dos atletas , em vez de suas deficiências.
"Suas performances irá inspirar e excitar o mundo", diz o presidente do IPC Sir Philip Craven no filme. " Você não vai apenas inspirar uma geração , mas muitas gerações por vir. "

O filme olha para trás na história do Movimento Paraolímpico e comemora os marcos alcançados até agora em termos de participação do atleta , o desenvolvimento de eventos esportivos , maior apoio comercial e cobertura da mídia.

Ele termina com a chamada à ação que " Juntos, estamos espalhando uma mensagem de respeito e igualdade de oportunidades para todos os indivíduos . "

ele Comitê Paraolímpico Internacional (IPC ) é o órgão mundial do Movimento Paraolímpico . Seu objetivo é organizar os de verão e inverno dos Jogos Paraolímpicos e agir como a Federação Internacional para nove esportes, supervisão e coordenação Campeonatos Mundiais e outras competições .

A visão do IPC , executado por 200 membros , é " Para permitir que atletas paraolímpicos para alcançar a excelência desportiva e inspirar e excitar o mundo. '

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

DEFINIDA A REALIZAÇÃO DOS CAMPEONATOS BRASILEIROS DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS.

DEFINIDA A REALIZAÇÃO DOS BRASILEIROS

Em reunião no Ministério dos Esportes , no dia de hoje, 2 de  dezembro, com o CPB e a CBBC, definiu-se pela realização dos Brasileiros na segunda quinzena de Janeiro de 2014.

Este adiamento é  necessário para operacionalizar legalmente as competições e atende a solicitação que  já havia sido proposta pelo Comitê Paraolímpico em comunicado CE PRE/CPB Nº 8463/2013 de 20 de novembro de 2013.

Somente a divisão de acesso acontecerá em Fevereiro. 

Inicialmente serão mantidos os locais definidos pelo calendário anterior.

Vamos aguardar o comunicado Oficial da CBBC.

Dias melhores estão por vir para todos.