segunda-feira, 10 de maio de 2010

Para ampliar o conhecimento.

CORREIO BRAZILIENSE (DF) • ESPORTES • 10/5/2010
Ananda Rope.


Primeira Academia Paraolímpica Brasileira será inaugurada hoje, na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais. Ideia é melhorar a preparação de técnicos e atletas
Com o objetivo de conquistar o sétimo lugar no quadro geral de medalhas nas paraolimpíadas de Londres-2012 e o quinto nos Jogos do Rio de Janeiro-2016, o Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB) inaugura hoje a primeira Academia paraolímpica Brasileira, ou Centro de Formação do esporte paraolímpico(Cefep), na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais. “A nossa expectativa é de que a Academia paraolímpica ajude a empreender mudanças significativas no esporte brasileiro. Esperamos ter uma melhor preparação dos nossos atletas”, aposta o presidente do CPB, Andrew Parsons. Criada para ligar aqueles que produzem o conhecimento científico no Brasil ao esporte paraolímpico, a Academia terá sua sede inicial em Minas. Mas a longo prazo a iniciativa deve expandir-se pelo país. “A UFU foi a primeira entidade que se colocou à disposição e ofereceu uma estrutura, que foi equipada com recursos financeiros do Ministério do esporte. Pretendemos fortalecer e consolidar a Academia paraolímpica Brasileira antes de abrir novos centros”, ressalta Parsons.

Em países desenvolvidos, a parceria da ciência e da universidade com o paradesporto é pródiga. Entretanto, o Brasil estava atrasado. Coordenada por professores universitários de diferentes estados, a Academia surge como o elo entre aqueles que produzem o conhecimento científico no país e o esporte paraolímpico.

OS PIONEIROS

Os atletas das seleções brasileiras de Natação, Atletismo e judô foram os estreantes na parceira do CPB com o meio acadêmico. Ainda no ano passado, a Universidade de Campinas (SP) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram uma bateria de exames com os esportistas.

A nossa expectativa é de que a Academia paraolímpica ajude a empreender mudanças significativas no esporte brasileiro. Esperamos ter uma melhor preparação dos nossos atletas”

Andrew Parsons, presidente do Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB)

O número

47

Número de medalhas conquistadas pelo Brasil nas paraolimpíadas de

Pequim-2008. Foram 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, que garantiram a 9ª posição ao país no quadro de medalhas

Atualização literária

A Academia paraolímpica Brasileira será baseada em três pilares: a relação com o meio acadêmico, a capacitação de profissionais para o esporte paraolímpico e a publicação de material didático. Parcerias com as universidades já vêm acontecendo há algum tempo, como é o caso da Universidade de Brasília (UnB), que forma atletas. Mas a capacitação de novos profissionais é uma inovação.

“A gente ainda tem essa ausência de estudos. O grande meio dos acadêmicos são os artigos publicados em revistas científicas”, explica o coordenador da Comissão Científica do CPB, professor José Júlio Gavião. “A intenção da Academia é lançar livros para auxiliar as pessoas que fazem o esporte paraolímpico em sua base, com uma literatura mais acessível para técnicos e professores de educação física”, continua o professor.

Com poucas referências literárias sobre a categoria — os mais recentes são dos anos 90 —, a Academia lançará seu primeiro livro sobre o esporte paraolímpico ainda neste ano, em setembro. A obra será assinada pelos professores Ciro Winckler e Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“O livro trará as noções básicas, regras e história das 20 modalidades (1)das paraolimpíadas de Verão, além de textos sobre classificação funcional e um pouco da política do esporte paraolímpico. Infelizmente, a literatura nessa área no Brasil está muito desatualizada”, lamenta Winckler.

1 - Tudo começou em Roma

A primeira edição das paraolimpíadas aconteceu em Roma, em 1960. Desde então, outras 12 foram disputadas. As provas são abertas a portadores de vários tipos de deficiência física e mental. Conheça as 20 modalidades disputadas nas paraolimpíadas:

- Tiro com arco

- Ciclismo

- futebol de 7

- Levantamento de peso

- Tiro esportivo

- Voleibol sentado

- Rúgbi em cadeira de rodas

- Atletismo

- Hipismo

- Goalball

- Remo adaptável

- Natação

- basquete em cadeira de rodas

- Tênis em cadeira de rodas

- Bocha

- futebol de 5

- judô

- Vela

- Tênis de mesa


- Esgrima em cadeira de rodas

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