Vemos estarrecidos a confirmação
dos fatos graves na CBV, mas no meu entendimento o que propicia este tipo de
situação está muito relacionado a fragilidade dos órgãos de controle, como os Conselhos fiscais da
entidades, principalmente em função de sua pouco independência das Diretorias
Executivas, como também a pouco VISIBILIDADE e TRANSPARÊNCIA que é dada aos
contratos e negociações das Confederações com patrocinadores, fornecedores,
consultores e de uma forma geral a todas as ações das Confederações.
Quem imaginaria que todas
estas situações estariam acontecendo em uma Confederação da importância e
visibilidade como a CBV..
Nos leva a refletir o que
mais pode estar acontecendo por ai..nas outras Confederações...
Vejam a matéria abaixo,
do Lancenet! e da ESPN/UOL.
Fraudes,
favorecimentos e “gerenciamento impróprio”: relatório da CGU confirma e amplia
denúncias do 'Dossiê Vôlei' da ESPN
O relatório final da
Controladoria Geral da União (CGU) confirma as denúncias de irregularidades na
Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Segundo informações da ESPN, que teve
acesso ao documento, a auditoria da instituição mostra empresas que receberam comissões
pagas sem provas de prestação de serviços e ligadas à dirigentes da CBV. Também
há casos de licitações viciadas, favorecimentos e também concluiu que o
'gerenciamento impróprio' teve efeito direto no bolso dos atletas. O documento
ainda diz que outras instituições do esporte brasileiro podem ter práticas e
parceiros semelhantes.
No documento diz que
houve os seguintes casos: 'contratação de empresas de consultoria sem que se
consiga verificar a efetiva contraprestação do serviço como no caso de
consultorias contratadas para assessorar a CBV na negociação de patrocínios;
contratação de empresas sem estrutura física e de pessoal; contratação de
empresas cujos proprietários são ou foram ligados à CBV, seja como empregados,
seja como parentes de dirigentes; contratação de empresas do mesmo proprietário
que executa e audita a prestação de serviço; pagamento de notas fiscais
sequenciais que demonstram que a empresa comandada prestava serviço somente
para a CBV; pagamento de notas fiscais com descrição genérica do objeto
contratado, como ‘comissionamento' ou ‘assessoramento'.
Devastador. Uma granada
sem pino solta na direção do malfeito. É o relatório final da Controladoria
Geral da União (CGU) realizado a partir do "Dossiê Vôlei". As
conclusões estão apresentadas em primeira mão aqui. A auditoria da instituição
confirma as denúncias publicadas pela ESPN. E vai além. Com alcance inédito, o
trabalho acrescenta uma série de outras irregularidades encontradas na
Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). E pode apontar um modus operandi
reproduzível em outras instituições do esporte brasileiro com práticas e
parceiros semelhantes. Fora as empresas já citadas nas reportagens como S4G e
SMP, a Controladoria apresenta outras empresas em novos casos de comissões
pagas sem provas de prestação de serviço e ligadas a dirigentes da CBV. Casos
de favorecimentos. Licitações viciadas. E traz um novo fato que deve agitar o
meio do esporte: pela primeira vez se relacionou, evidenciando com números, que
o "gerenciamento impróprio" teve efeito direto no bolso dos atletas
Fontes: Tanto nos casos já conhecidos como nos apresentados na exposição da CGU, estão enumerados procedimentos como "contratação de empresas de consultoria sem que se consiga verificar a efetiva contraprestação do serviço como no caso de consultorias contratadas para assessorar a CBV na negociação de patrocínios; contratação de empresas sem estrutura física e de pessoal; contratação de empresas cujos proprietários são ou foram ligados à CBV, seja como empregados, seja como parentes de dirigentes; contratação de empresas do mesmo proprietário que executa e audita a prestação de serviço; pagamento de notas fiscais sequenciais que demonstram que a empresa comandada prestava serviço somente para a CBV; pagamento de notas fiscais com descrição genérica do objeto contratado, como ‘comissionamento' ou ‘assessoramento".
Publicado em 11/12/2014,
09:40 /Atualizado em 11/12/2014, 17:53 - Lúcio de Castro, especial para o
ESPN.com.br
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