terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO RECOMENDA MUDANÇAS NA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL.














MEDIDAS DE REGULARIZAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL DEVERIAM SE ADOTADAS POR TODAS A CONFEDERAÇÕES.

CGU detectou irregularidades em contratos na Confederação Brasileira de Vôlei, na ordem de R$ 30 milhões e um dos principais problemas detectado pela auditoria foi que algumas empresas contratadas pertenciam a parentes de ex-presidentes, funcionários e ex-funcionários da Confederação.

Estes medidas deveriam ser adotadas, dentro da devida adequação a cada situação , em todas as Confederações pois contribuiriam com a MORALIDADE na gestão de nossas Confederações.

Vejam as recomendações moralizadoras que foram indicadas pela CGU para que o a Confederação de Voleibol possa manter seu patrocínio com o Banco do Brasil, devem ser adotadas as seguintes medidas saneadoras com vistas a mitigarem o risco da perda de imagem tanto da CBV como do Banco do Brasil:

a) Que a CBV elabore regulamento para as contratações que defina padrões de governança mínimos, como pesquisa de preços, impossibilidade de contratação de pessoas ligadas à CBV sem a justificativa e autorização dos conselhos, transparência de todos os contratos no sítio da CBV indicando os que têm partes relacionadas e as razões da contratação, exigência da capacidade operacional e a experiência das contratadas.

b) Que a CBV contrate auditoria independente para certificar, especificamente, o cumprimento do código de contratações elaborado no item anterior. Tanto essa Auditoria, como a Auditoria Independente que analisa as demonstrações contábeis, tenham contratação com vistas a garantir a qualidade de seus trabalhos e a sua efetiva independência.

c) Que a CBV efetive a criação de comitê para apoio do conselho diretor, com vistas a auxiliar na tomada de decisões de longo prazo, como o planejamento estratégico e os planos anuais, avaliação da contratação de serviços e produtos entre outras. Os seus membros, devem ser representantes da comunidade do vôlei, incluindo atletas, comissão técnica, mídia especializada entre outros e suas indicações devem ser aprovadas pelo Conselho Diretor e Assembleia Geral.

d) Que a CBV fortaleça o Conselho Fiscal estabelecendo critérios de seleção que fomentem a independência de seus membros e a multiplicidade de conhecimentos para atuação ampla, abrangente e profunda.

e) Que a CBV cumpra os parâmetros estabelecidos na Lei n.º 9.615/2009 ( LEI PELÉ), em especial o artigo 18-A (Incluído pela Lei nº 12.868, de 2013).

Vejam o que determina este artigo da Lei Pelé:

Art. 18-A.  Sem prejuízo do disposto no art. 18, as entidades sem fins lucrativos componentes do Sistema Nacional do Desporto, referidas no parágrafo único do art. 13, somente poderão receber recursos da administração pública federal direta e indireta caso: 

I - seu presidente ou dirigente máximo tenham o mandato de até 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) única recondução;  
II - atendam às disposições previstas nas alíneas “b” a “e” do § 2o e no § 3o do art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
III - destinem integralmente os resultados financeiros à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais;   
IV - sejam transparentes na gestão, inclusive quanto aos dados econômicos e financeiros, contratos, patrocinadores, direitos de imagem, propriedade intelectual e quaisquer outros aspectos de gestão;   
V - garantam a representação da categoria de atletas das respectivas modalidades no âmbito dos órgãos e conselhos técnicos incumbidos da aprovação de regulamentos das competições; 
VI - assegurem a existência e a autonomia do seu conselho fiscal;   
VII - estabeleçam em seus estatutos:  
a) princípios definidores de gestão democrática;   
b) instrumentos de controle social;   
c) transparência da gestão da movimentação de recursos; 
d) fiscalização interna; 
e) alternância no exercício dos cargos de direção;  
f) aprovação das prestações de contas anuais por conselho de direção, precedida por parecer do conselho fiscal; e  
g) participação de atletas nos colegiados de direção e na eleição para os cargos da entidade; e   
VIII - garantam a todos os associados e filiados acesso irrestrito aos documentos e informações relativos à prestação de contas, bem como àqueles relacionados à gestão da respectiva entidade de administração do desporto, os quais deverão ser publicados na íntegra no sítio eletrônico desta.  
§ 1o  As entidades de prática desportiva estão dispensadas das condições previstas: 
I - no inciso V do caput;  
II - na alínea “g” do inciso VII do caput; e  
III - no inciso VIII do caput, quanto aos contratos comerciais celebrados com cláusula de confidencialidade, ressalvadas, neste caso, a competência de fiscalização do conselho fiscal e a obrigação do correto registro contábil de receita e despesa deles decorrente.  
§ 2o  A verificação do cumprimento das exigências contidas nos incisos I a VIII do caput deste artigo será de responsabilidade do Ministério do Esporte.   
§ 3o  Para fins do disposto no inciso I do caput:   
I - será respeitado o período de mandato do presidente ou dirigente máximo eleitos antes da vigência desta Lei;  
II - são inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins até o 2o (segundo) grau ou por adoção.   

f) Que a CBV inclua em seu código de ética a impossibilidade de contratar empresas que tenham relacionamentos com funcionários e dirigentes, sem autorização prévia dos Conselhos Fiscal e Diretor, e eventualmente até da Assembleia Geral.

g) Que a CBV crie uma Ouvidoria, ligada diretamente à Presidência da entidade, com canal de comunicação próprio. O profissional indicado para esta função deve ter experiência, e não deve apresentar vínculo prévio com a CBV, com mandato não superior a um ano, prorrogável por um ano, e deve ser aprovado tanto pelo Conselho Diretor como pela Assembleia Geral.

h) Que a CBV atue para providenciar o ressarcimento dos gastos apontados neste Relatório com serviços contratados sem comprovação da sua execução com as medidas administrativas e legais cabíveis.

i) Que a CBV apure a existência de outros serviços não executados e tome as providências administrativas e legais para o ressarcimento das suas despesas.
  
Vejam o relatório na íntegra:

http://sistemas.cgu.gov.br/relats/uploads/6669_%20Relatorio%20201407834%20CBV.pdf

domingo, 28 de dezembro de 2014

TRANSPARÊNCIA NOS CONTRATOS DE PATROCÍNIO - UMA OBRIGAÇÃO DA LEI PELÉ.












Com a nova lei Pelé , que prevê a obrigação de transparência e divulgação das informações sobre contratos de patrocínios, as Entidades de Administração dos Esportes em nosso país deverão publicar em seu sites estas informações...

Só após cumprir essa exigência a CBBC poderá receber recursos públicos, direto dos Ministério dos Esportes..visto que hoje estes recursos para chegarem tem que ser "triangulado" via CPB..

Vemos que hoje o Ministérios dos Esportes já é um dos fortes patrocinadores de nossa modalidade (Vejam na imagem do banner do site da CBBC, na figura acima)...é neste momento de "poucos recursos" que temos que fazer todo o empenho para mantê-los nos patrocinando...

Logo que esta norma for cumprida pela CBBC poderemos entender melhor de onde vem , quantos são e que valores somam os recursos usados por nossa Confederação através desta rubrica da "patrocínios"..

Como por exemplo, poderemos saber qual o valor que a FUNASA contribui de patrocínio...visto que ela também aparece na barra de patrocinadores da CBBC.

Só a transparência garantirá que essas e outras informações estejam claras a todos e assim possamos fazer a nossas avaliações...e fiscalizar a utilização dos recursos financeiros utilizados pela CBBC.

Novidades sobre o Calendário do Basquetebol em Cadeiras de Rodas Brasileiro para 2015 ?



É amigos...do Basquetebol em Cadeira de Rodas Brasileiro..


Mais uma vez fechamos o ano..e não temos o calendário definido para o ano seguinte...


A única competição definida para 2015 é a participação das Seleções Brasileiras no Parapanamericano em Agosto na cidade de Toronto no Canadá.


Não temos nem mesmo o planejamento de nossas Seleções definido ou pelo menos divulgado..

As demais modalidades já apresentaram seus calendários de competições e de treinamento das suas Seleções..

Mais uma vez começaremos o ano "correndo atrás" sem ter como os clubes fazerem seu planejamento para os trabalhos voltado para o alto rendimento.


Temos que cobrar mudanças...


Você tem feito essa cobrança? Ou está esperando as coisas caírem do céu?

A primeira mudança tem que acontecer dentro de nós e em nossas atitudes...






segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Um balanço da 1ª Divisão do Basquete em Cadeira de Rodas em Recife.




Caros amigos,

Como muitos sabem, acompanhei o Brasileiro da 1ª Divisão em Recife e que aconteceu entre os dias 16 e 20 deste mês.

Relacionarei abaixo alguns aspectos que entendo sejam importantes para que se possa fazer uma avaliação de mais esta Competição organizada pela atual direção da CBBC, vejamos alguns os fatos de relevância:
  1. QUADRA DE JOGO - O piso da quadra apresentava a superfície com alguns pequenos buracos.
  2. GINÁSIO - O Ginásio era aberto nos fundos da quadra, sujeitando as realizações dos jogos às intempéries do tempo, principalmente o sol e vento. A quadra era circundada com uma rede, que isolava o acesso da quadra e que foi usada para que as equipes "pendurassem" as faixas dos patrocinadores. O Placar eletrônico estava "pendurado" em uma trave de futebol de salão ao fundo de um dos lados da quadra, onde sua visibilidade estava comprometida. Nesta parte do ginásio não haviam arquibancadas, somente havia algumas cadeiras de plástico, que eram também usadas no refeitório e mais alguns bancos estofados, tipo de escritório, por isso as pessoas acabaram assistindo o jogo em pé em volta da quadra. A iluminação na quadra era satisfatória, o único problema de luminosidade se deu pelo fato de que ao fundo, de um dos lados da quadra, dava para uma área aberta e com isso por aquele lado você tinha uma luminosidade maior que na outra extremidade.
  3. POMBOS - Um fato a ser destacado quanto ao ginásio seria o fato de que tinham pombos, voando por dentro do ginásio, inclusive chegou a ter problemas de "sujeira de pombos" caindo sobre as pessoas que assistiam às partidas. Não presenciei se chegou a acontecer , mais o risco deste problema de sujeiras dos pombos poderiam ter acontecido na própria quadra de jogo.
  4. REFEITÓRIO - Se a qualidade das refeições servidas era boa, por outro lado o local onde estavam sendo servidas não era satisfatório em função de que as refeições estavam sendo servidas na lateral da quadra, dentro do ginásio. Pela falta de estrutura muitas vezes algumas pessoas tiveram que utilizar a arquibancada, que neste lado ginásio existiam, sendo que no caso alguns atletas cadeirantes, comeram sentados nas próprias cadeiras com o prato nas mãos. Um detalhe a ser destacado negativamente é que o serviço seguia a seguinte orientação: Poderia ser servido um único prato, e que poderia ser o maior possível e que somente seria servido um copo de suco por pessoa.
  5. TRANSPORTE DAS DELEGAÇÕES – O serviço de transporte entre o hotel e o ginásio foi realizado por ônibus adaptados, cedidos por empresas que fazem o transporte público em Recife, isto é, ônibus comuns de transporte público, mas  que atenderam a necessidade de transporte.
  6. HOSPEDAGEM – O serviço de hospedagem foi realizado no Hotel Canárius, já conhecido por tradicionalmente ser utilizado em todas as competições em Recife, e posso relatar que no meu caso, pessoalmente, o quarto que eu estava era um quarto duplo, adaptada para receber uma 3ª cama, prova disto é de que de onde minha cama estava não tinha visibilidade da TV.
  7. PREMIAÇÃO – Um dos únicos fatos que meu surpreendeu positivamente foi a premiação, tanto os troféus e as medalhas foram feitos personalizados ao evento e com um estética bem agradável.
  8. FORMA DA COMPETIÇÃO - Mais uma vez a forma de disputa do Brasileiro prejudicou algumas equipes, principalmente na primeira fase, algumas equipes, que perderam o primeiro jogo, como a composição da chave era de 03 equipes, tiveram que fazer dois jogos no mesmo dia, e sendo que a segunda partida foi com uma equipe que não havia jogado no dia, isto é, estava descansado a se considerar relevante também o fato de entre as duas partidas houve um intervalo de apenas 5 horas. Fatos como estes são reflexos de um Campeonato Brasileiro, da 1ª divisão, com 12 equipes, realizado em 05 dias, na verdade se define a competição em função do tempo que se tem que é determinado pelo orçamento disponível.
Este é o balanço que faço do que acompanhei em Recife, façam também a sua avaliação do que temos e deixe sua opinião e contribua para que as mudanças para melhor aconteçam...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ISTO É NO QUE RESULTA A FALTA DE TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DAS CONFEDERAÇÕES...





Vemos estarrecidos a confirmação dos fatos graves na CBV, mas no meu entendimento o que propicia este tipo de situação está muito relacionado a fragilidade dos órgãos  de controle, como os Conselhos fiscais da entidades, principalmente em função de sua pouco independência das Diretorias Executivas, como também a pouco VISIBILIDADE e TRANSPARÊNCIA que é dada aos contratos e negociações das Confederações com patrocinadores, fornecedores, consultores e de uma forma geral a todas as ações das Confederações.
Quem imaginaria que todas estas situações estariam acontecendo em uma Confederação da importância e visibilidade como a CBV..
Nos leva a refletir o que mais pode estar acontecendo por ai..nas outras Confederações...

Vejam a matéria abaixo, do Lancenet! e da ESPN/UOL.

Fraudes, favorecimentos e “gerenciamento impróprio”: relatório da CGU confirma e amplia denúncias do 'Dossiê Vôlei' da ESPN

O relatório final da Controladoria Geral da União (CGU) confirma as denúncias de irregularidades na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Segundo informações da ESPN, que teve acesso ao documento, a auditoria da instituição mostra empresas que receberam comissões pagas sem provas de prestação de serviços e ligadas à dirigentes da CBV. Também há casos de licitações viciadas, favorecimentos e também concluiu que o 'gerenciamento impróprio' teve efeito direto no bolso dos atletas. O documento ainda diz que outras instituições do esporte brasileiro podem ter práticas e parceiros semelhantes.
No documento diz que houve os seguintes casos: 'contratação de empresas de consultoria sem que se consiga verificar a efetiva contraprestação do serviço como no caso de consultorias contratadas para assessorar a CBV na negociação de patrocínios; contratação de empresas sem estrutura física e de pessoal; contratação de empresas cujos proprietários são ou foram ligados à CBV, seja como empregados, seja como parentes de dirigentes; contratação de empresas do mesmo proprietário que executa e audita a prestação de serviço; pagamento de notas fiscais sequenciais que demonstram que a empresa comandada prestava serviço somente para a CBV; pagamento de notas fiscais com descrição genérica do objeto contratado, como ‘comissionamento' ou ‘assessoramento'.


Devastador. Uma granada sem pino solta na direção do malfeito. É o relatório final da Controladoria Geral da União (CGU) realizado a partir do "Dossiê Vôlei". As conclusões estão apresentadas em primeira mão aqui. A auditoria da instituição confirma as denúncias publicadas pela ESPN. E vai além. Com alcance inédito, o trabalho acrescenta uma série de outras irregularidades encontradas na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). E pode apontar um modus operandi reproduzível em outras instituições do esporte brasileiro com práticas e parceiros semelhantes. Fora as empresas já citadas nas reportagens como S4G e SMP, a Controladoria apresenta outras empresas em novos casos de comissões pagas sem provas de prestação de serviço e ligadas a dirigentes da CBV. Casos de favorecimentos. Licitações viciadas. E traz um novo fato que deve agitar o meio do esporte: pela primeira vez se relacionou, evidenciando com números, que o "gerenciamento impróprio" teve efeito direto no bolso dos atletas

Fontes: Tanto nos casos já conhecidos como nos apresentados na exposição da CGU, estão enumerados procedimentos como "contratação de empresas de consultoria sem que se consiga verificar a efetiva contraprestação do serviço como no caso de consultorias contratadas para assessorar a CBV na negociação de patrocínios; contratação de empresas sem estrutura física e de pessoal; contratação de empresas cujos proprietários são ou foram ligados à CBV, seja como empregados, seja como parentes de dirigentes; contratação de empresas do mesmo proprietário que executa e audita a prestação de serviço; pagamento de notas fiscais sequenciais que demonstram que a empresa comandada prestava serviço somente para a CBV; pagamento de notas fiscais com descrição genérica do objeto contratado, como ‘comissionamento' ou ‘assessoramento".
Publicado em 11/12/2014, 09:40 /Atualizado em 11/12/2014, 17:53 - Lúcio de Castro, especial para o ESPN.com.br
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

UMA REFLEXÃO SOBRE O BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS NO BRASIL.












Caros,


Entra ano e sai ano, e cada vez mais nós estamos vendo o Basquetebol em Cadeira de Rodas do Brasil em uma rota de retrocessos, que passa pelos resultados nas competições oficiais do calendário internacional, até mesmo nas dificuldades de execução dos calendários nacionais e em recente decisão da CBBC a extinção dos campeonatos Regionais, que agora se resumem a “seletivas” para a divisão de acesso.

VEJAMOS ALGUNS FATOS QUE CONTRIBUEM PARA ESTA AVALIAÇÃO.

É um fato que todos sabemos que no caso da Seleção Masculina não estamos conseguindo nem nos classificar para as competições de âmbito mundial, como as Paraolimpíadas e os Mundiais. A Seleção Masculina, desde que atual gestão assumiu em 2009 , não particip de nenhuma destas competições.

Vejamos a trajetória da Seleção MASCULINA:

·        Mundial Masculino de 2014 na Korea: Mesmo com o aumento para 16 equipes não conseguimos nos classificar.

·        Paraolimpíadas de Londres -  Não nos classificamos.

·        Mundial Masculino de 2010 na Inglaterra: Foram 12 vagas e também não nos classificamos.

·        Paraolimpíadas da China, em 2008, nossa ultima participação masculina em uma competição paralímpica, ficamos em 8º lugar, sendo que na participação em Athenas,  em 2004,  tínhamos ficado em 10º lugar, como vemos vínhamos mostrando uma evolução nos resultados.

·        Nossa retrospectiva foi que em ficamos em 10º no Mundial do Japão, em 2002 e evoluímos para a em 9º colocação  no mundial de 2006 na Holanda.


Vejamos os resultados da Seleção FEMININA:

·        Nossa participação começa em 2010, no Mundial na Inglaterra em que ficamos em 10º colocação em uma competição que teve 10 seleções participantes. Agora em 2014 regredimos para o 11º lugar, apesar da evolução apresentada na Paralimpíadas de Londres em que ficamos na 9º posição, com uma de nossas atletas, a Lia, como cestinha da Paralimpíada.

Esta piora no resultado do último mundial deve-se a uma estratégia equivocada da CBBC que promoveu mudanças estruturais no grupo que foi campeão invicto da COPA AMÉRICA, onde conquistamos de forma incontestável a nossa vaga para o mundial do Canadá. Uma mudança que só deveria ocorrer após a conclusão do ciclo até o Mundial de 2014.

OUTRO FATOR IMPORTANTE A SER CONSIDERADO NESTA ANÁLISE:

Muito se fala na falta de recursos, eu mesmo fiz uma postagem questionando o porquê da CBBC não se regularizar junto ao Ministério dos Esportes e participar dos Editais para apoio às modalidades paralímpicas.

Veja a postagem sobre este assunto em: 
http://lincolnfiuza.blogspot.com.br/2014/08/porque-cbbc-nao-pode-fazer-convenios.html

Para que vocês tenham uma ideia da PERDA que estamos tendo com a gestão atual da CBBC relaciono abaixo os recursos que algumas Confederações PARALÍMPICAS têm conseguindo junto ao Ministério dos Esportes, bem como o exemplo da CBB, que consegue aprovar grandes e importantes projetos junto ao Ministério dos Esportes, vejam na tabela abaixo:
Primeiro quadro os projetos selecionados pelo Ministério dos Esportes de modalidades Paralímpicas (quadro 01) e o segundo quadro os projetos selecionados da CBB – Confederação Brasileira de Basquetebol:

Quadro 01
Entidade
Nº da proposta
Projeto
Valor aprovado
CONFEDERACAO BRASILEIRA DE TENIS DE MESA

035446/2014

Participação em Competições Internacionais de Alto rendimento da Seleção Brasileira Paralímpica de Tênis de Mesa.
6.341.800,02

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE TENIS DE MESA

35403/2014

Preparação da Seleção Brasileira Paralímpica de Tênis de Mesa para participação nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
4.039.842,76

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE TIRO COM ARCO

35386/2014

Oferecer as condições ideais de aperfeiçoamento técnico aos atletas paralímpicos de tiro com arco.
3.264.154,10

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE TENIS DE MESA

35401/2014

Implantação da Rede Nacional de Treinamento em Tênis de Mesa Olímpico e Paralímpico.
8.930.385,47



Quadro 02
Entidade
Nº da proposta
Projeto
Valor aprovado
CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36051/2014

Preparação da Seleção Brasileira Adulta Masculina 2015/2016

13.895.863,01

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

35852/2014

Preparação das atletas da equipe feminina da Seleção Brasileira de Desenvolvimento de Basquetebol Adulta, propiciando as melhores condições possíveis.
8.718.945,91

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36073/2014

Preparação dos atletas da Equipe Masculina da Seleção Brasileira de Basquetebol Sub-19, propiciando as melhores condições possíveis para treinamento e disputas de competições.

1.602.020,07

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36053/2014

Preparação das atletas da equipe feminina da Seleção Brasileira de Desenvolvimento de Basquetebol Sub-19, propiciando as melhores condições possíveis.

1.581.020,48

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36072/2014

Preparação das atletas da equipe feminina da Seleção Brasileira de Desenvolvimento de Basquetebol sub 15, 16, 17, 18, propiciando as melhores

8.144.000,00

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36300/2014

Realização da Copa Brasil (fase regional) nas 5 regiões do Pais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul e a Supercopa do Brasil (Fase Final), masculino e feminino adulto.

2.547.957,06

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36374/2014

Treinamento e participação em importantes competições nacionais internacionais de atletas das seleções adultas e sub 18 masculina e feminina e equipes masculinas.
2.121.903,66

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36373/2014

O projeto se destina a realização dos Campeonatos Brasileiros Masculinos e Femininos Sub-19 da 1ª Divisão, 2ª Divisão e 3ª Divisão do ano de 2015.

2.447.685,23

CONFEDERACAO BRASILEIRA DE BASKETBALL

36286/2014

Escola Nacional de Basquete 2015/2016 - O convênio se destina a realização de 20 (vinte) Cursos de formação e certificação de treinadores e de árbitros e 32 eventos de MINI Basquete. Assim fomentar o basquete através do desenvolvendo de 3 pilares importantes: TREINADORES, JOVENS ATLETAS, ÁRBITROS

7.196.576,28


Fonte: http://esporte.gov.br/index.php/institucional/alto-rendimento/chamada-publica

Poderíamos da mesma forma estar participando dos editais do Ministério dos Esportes e garantindo recursos para a realização do nosso calendário de competições tanto nacionais como regionais, veja que a CBB (basquete andante), na proposta de nº 36300/2014, ela já garante para 2015 recursos na ordem de R$ 2.547.957,06 para a realização dos 05 regionais e mais a fase final masculina e feminina. Já na proposta de nº 36373/2014 se garante R$ 2.447.685,23, para a realização dos Brasileiros da 1ª, 2ª e 3ª divisão, isso para o SUB-19. Para finalizar esta avaliação na proposta nº 36286/2014, se tem um montante reservado de R$ 7.196.576,28, para a ESCOLA NACIONAL DE BASQUETE,  para o investimento em cursos de capacitação de Técnicos, árbitros e descobrimento de novos atletas nas clínicas de mini basquete, isso para o biênio 2015/2016.

Estou só fazendo a avaliação de um fonte com grandes possibilidades de captação, o Ministério dos Esportes, temos também que lembrar outras fontes, como a LEI DE INCENTIVO DO ESPORTE, as próprias Estatais Públicas e também a possibilidade de formalização de patrocínios com empresas privadas.

Ao contrário o que vemos é que com a transformação dos Regionais em seletivas para a divisão de acesso, temos equipes, como por exemplo o ICEP BRASIL, aqui de Brasília, que possui um patrocínio do peso do BRADESCO, pela Lei de Incentivo, e que este ano fechará o ano com somente duas partidas oficiais realizadas promovidas pela CBBC e o mais grave foi que pela forma que a 2ª divisão foi disputadas , acabou caindo para a 3ª divisão. Como conseguir fidelizar um patrocinador com este peso apresentando esta qualidade de visibilidade para a sua marca?

Para os que não acompanharam esclareço:

O Brasileiro em Brasília, da 2ª divisão, agora no mês de novembro , aconteceu em uma estrutura onde os atletas ficaram em alojamentos, onde as delegações tiveram que dividir o mesmo alojamento, duas em cada alojamento e ainda sem banheiros internos. A competição foi realizada, em função da falta de 3 delegações, em uma fórmula de 4 chaves, 3 com duas equipes, e uma quarta chave com 3 equipes. Esta foi a chave do ICEP, e que pelo sorteio, ficou na mesma chave das equipes campeã e 3ª colocadas ao final do certame. Vemos que uma competição organizada desta forma não consegue chegar a real comparação entre as equipes presentes. 

Aí eu pergunto: Como que se quer dar qualidade a competição sendo que os clubes tem que enfrentar tantas adversidades "fora da quadra" ?

FALTA DE RECURSOS?

Lembro que o problema sempre alegado e a falta de recursos, mas lembro  também de que aqui mesmo, em Brasília, foi realizada uma competição, a 1ª  divisão, no início de 2014, onde os atletas ficaram em quartos duplos, aos custo de aproximadamente R$ 370,00 a diária. Será que é falta de recursos mesmo ou de planejamento?

Veja a qualidade do Hotel...

http://www.atlanticahotels.com.br/hotel/brasilia/quality-hotel-e-suites-brasilia


Estas são algumas reflexões e perguntas que as respostas ficam no ar e que entendo que as mudanças tem que começar a ser planejadas para ontem.


E VOCÊ O QUE PENSA DISSO, ESTAMOS NO CAMINHO CERTO?