ALDO REBELO Ministro do Esporte
O Brasil
tem elevado índice de portadores de alguma deficiência, física ou mental: são 24% da população ou 46 milhões
de pessoas. Até pouco tempo,
elas dependiam principalmente da sua capacidade de resistência e do apoio do
governo, sobretudo por intermédio da Previdência Social. Agora está em ação o
Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com deficiência — o Viver sem Limite, lançado pela presidente Dilma
Rousseff para favorecer a inclusão na sociedade e na cadeia produtiva desse
enorme contingente que equivale a toda a população da Argentina. Serão
investidos R$ 7,6 bilhões em educação, saúde e acessibilidade até 2014.Para o
Ministério do Esporte, é mais
uma oportunidade de incentivar a ampliação das atividades no chamado paradesporto. Desde que o neurologista
alemão Ludwig Guttmann, refugiado do nazismo, criou o Centro Nacional de
Lesionados Medulares no Hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, e promoveu
atividades esportivas como terapia de soldados feridos na Segunda Guerra Mundial,
o paradesporto encanta e comove
o mundo.
Os Jogos paraolímpicos estrearam na sequência das Olimpíadas de Roma, e se constituíram a partir daquele ano de 1960 em marca triunfal da capacidade realizadora do ser humano mesmo na mais difícil das adversidades, seja no comprometimento da mobilidade, seja na privação de sentidos. O Brasil seguiu a tendência mundial de criação de federações por modalidade, afinal agrupadas em 1995 no Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB).
Os Jogos paraolímpicos estrearam na sequência das Olimpíadas de Roma, e se constituíram a partir daquele ano de 1960 em marca triunfal da capacidade realizadora do ser humano mesmo na mais difícil das adversidades, seja no comprometimento da mobilidade, seja na privação de sentidos. O Brasil seguiu a tendência mundial de criação de federações por modalidade, afinal agrupadas em 1995 no Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB).
O princípio da proteção social vem fundamentando
algumas ações do Ministério do Esporte,
e de vários segmentos da sociedade, que têm como objetivo proporcionar às
pessoas com deficiência acesso
ao Esporte. O conceito de
inclusão vem sendo ampliado e, atualmente, não se restringe apenas ao âmbito
educacional ou social. A questão inclusiva se faz presente em áreas como a
educação física, a prática do Esporte
de alto rendimento e do lazer, entre outras.
Fiel ao programa de universalizar as atividades
físicas em magnitude que permita o aparecimento maciço de atletas competitivos, nacional e
internacionalmente, o ministério investe fortemente no esportista paraolímpico. Para os jogos de Londres, nos quais a delegação Brasileira conquistou 43 medalhas, o
CPB recebeu R$ 131,5 milhões, dos quais R$ 22 milhões foram repassados
diretamente pelo ministério.
Todas as medalhas paraolímpicas Brasileiras conquistadas em Londres tiveram a participação de beneficiados pelo programa Bolsa-atleta, do Ministério do Esporte. Na delegação nacional, de 182 atletas, 156 (85%) eram bolsistas. As conquistas alcançadas até agora são fruto de um ciclo de trabalho bem planejado, que exigiu treinamento e investimentos do governo federal. Todos esses fatores, juntamente com a vontade de vencer, foram primordiais para o sucesso dos atletas.
Todas as medalhas paraolímpicas Brasileiras conquistadas em Londres tiveram a participação de beneficiados pelo programa Bolsa-atleta, do Ministério do Esporte. Na delegação nacional, de 182 atletas, 156 (85%) eram bolsistas. As conquistas alcançadas até agora são fruto de um ciclo de trabalho bem planejado, que exigiu treinamento e investimentos do governo federal. Todos esses fatores, juntamente com a vontade de vencer, foram primordiais para o sucesso dos atletas.
Para as Olimpíadas do Rio, em 2016, criamos o plano Brasil Medalhas, com o objetivo
de colocar o Brasil entre os 10
primeiros nos jogos convencionais e entre os cinco primeiros nos paraolímpicos. Quinze modalidades do paradesporto foram selecionadas: atletismo, Bocha, canoagem, Ciclsmo,
Esgrima em cadeiras de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, Goalball, halterofilismo, Hipismo,
judô, natação, remo, Tênis
de mesa e voleibol sentado.
Serão criados ou reformados centros de
treinamento de alto nível, e atletas
mais bem classificados terão apoio para a preparação, viagens, compra de
equipamentos e ajuda financeira, por intermédio dos programas Bolsa-Pódio, que
inclui a Bolsa-atleta, e agora a
Bolsa-Técnico.
O governo Brasileiro
considera que o incentivo ao Esporte
de alto rendimento em competições gera, além de medalhas, um efeito salutar no
conjunto da população. Um desses resultados mais fecundos das paraolimpíadas é o estímulo que
proporciona aos portadores de deficiência
que ainda não praticam atividade física — e aos que, podendo praticá-la sem
restrições, continuam sedentários. O Esporte,
como fonte de lazer e vida saudável, é para todos.
Matéria: CORREIO BRAZILIENSE (DF) • OPINIÃO • 20/10/2012
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