CORREIO BRAZILIENSE (DF) • ESPORTES
Ananda Rope
Comitê Paraolímpico Brasileiro se reúne em Brasília e traça metas em relação ao quadro geral de medalhas dos Jogos de 2016.
Cartola promete valorizar a base
A primeira Paraolimpíada no Brasil será daqui a seis anos. Isso dá ao país 2.190 dias para planejar, estruturar e organizar um dos maiores eventos esportivos mundiais. Consciente do desafio da realização e da preparação dos atletas, o Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB) reuniu em Brasília, durante esta semana, todas as entidades que gerem a modalidade no país para planejar os passos do segmento até 2016. Nono lugar no quadro geral de medalhas em Pequim (2008), a ordem geral é que o Brasil consiga ficar entre os sete primeiros nos Jogos de Londres (2012) e em quinto nos Jogos do Rio de Janeiro (2016). “As confederações paraolímpicas tiveram três meses para elaborar um planejamento com o foco em 2016. Eles foram apresentados, discutidos, passarão por alguns ajustes e depois serão anexados ao projeto do CPB, que será entregue até o final de abril ao ministro do Esporte (Orlando Silva)”, revelou o presidente do CPB, Andrew Parsons. Segundo o dirigente, todos os olhos e esforços serão voltados aos atletas de base (12 a 17 anos) que tenham potencial para serem ouro em 2016. “Temos a Lei Agnelo/Piva que determina que 10% da arrecadação seja destinada ao desporto escolar. Já revitalizamos a Paraolimpíada Escolar e temos trabalhado com a detecção de atletas com potencial desde cedo”, garantiu. A tenista brasiliense Natália Mayara Costa está entre os potenciais apontados por Andrew Parsons. Aos 15 anos, ela acumula os títulos de campeã individual e em dupla mista nos Jogos Parapan-Americanos da Colômbia (2009) e do Brasil Open Tênis Internacional, em Belo Horizonte (2009), além dos segundos lugares no Mundial de Tênis World Team, na Inglaterra (2009), e no ranking mundial juvenil de cadeirantes. “Ela é forte candidata a ser ouro em 2016. Uma promessa descoberta aqui em Brasília”, comentou Parsons. Incentivo ao Esporte Sancionada em 16 de julho de 2001, pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, a lei estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao CPB. Desse montante, 85% são destinados ao COB e 15%, ao CPB. Análise da notíciaModelo ultrapassado Encontro de cartolas no Brasil é assim: traçam metas, fazem planos e continuam dependendo basicamente de financiamento público para chegarem a algum lugar. É até legítimo que o Estado fomente o desenvolvimento do Esporte, mas em um país marcado por carências extremas em áreas prioritárias, como educação e infraestrutura, além de uma epidemia de corrupção, há de se buscar caminhos alternativos. Mas sem um planejamento que consiga atrair verdadeiramente a atenção do público e do segmento empresarial, um quinto lugar estará de bom tamanho. Saiba mais Retorno dos deficientes mentais Desde a Paraolimpíada de 2000, em Sidney (Austrália), os atletas com deficiência mental foram banidos dos Jogos. Pela complexidade na identificação do problema (diferentemente de um distúrbio físico, que é visível), a categoria foi excluída depois que a seleção espanhola de Basquete conquistou o ouro com 10 jogadores que não tinham qualquer comprometimento um deles, aliás, era jornalista. “Recebemos o sinal verde para que os deficientes mentais possam voltar aos Jogos nas modalidades de natação, atletismo, Tênis de mesa e Basquete. Caberá às Federações Internacionais desenvolverem e validarem testes específicos para avaliar o grau de deficiência para cada modalidade”, ressaltou Parsons. O presidente destacou ainda que o CPB tem monitorado os paratletas mentais, sobretudo nos Circuitos paraolímpicos e nas Paraolimpíadas Escolares. Academia Paraolímpica BrasileiraSegundo Parsons, a ideia de criação de uma Academia Paraolímpica Brasileira também teve destaque na reunião. “Ela teria três pilares: capacitação de recursos humanos (formação de árbitros, treinadores, técnicos); relação institucional com o meio acadêmico (parceria com universidades no desenvolvimento de pesquisas); e publicação científica (sobre temas voltados ao Paradesporto). Temos um projeto piloto na Universidade Federal de Uberlândia e queremos, no futuro, criar pelo país Centros de Formação de Profissionais do Esporte paraolímpico. Antes disso, precisamos de demanda das confederações para a criação de cursos que, na maioria, serão ministrados à distância”, revelou. Necessidade do triplo de recursosO presidente do CPB destacou a administração sob 20 modalidades diferentes, com necessidades distintas. “Temos orçamento para 2010 de R$ 30 milhões, o que ainda é aquém da necessidade. Precisamos de R$ 90 milhões para alcançarmos nossos objetivos. Esperamos chegar a R$ 60 milhões para em 2016 conquistarmos o quinto lugar na classificação geral”, explicou. O dirigente também ressalta as ambições e o caminho a seguir: “Queremos o alto rendimento e isso exige planejamento e desenvolvimento de projetos com antecedência. Há expectativa para o aumento de recursos e para isso precisamos nos programar.”
A primeira Paraolimpíada no Brasil será daqui a seis anos. Isso dá ao país 2.190 dias para planejar, estruturar e organizar um dos maiores eventos esportivos mundiais. Consciente do desafio da realização e da preparação dos atletas, o Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB) reuniu em Brasília, durante esta semana, todas as entidades que gerem a modalidade no país para planejar os passos do segmento até 2016. Nono lugar no quadro geral de medalhas em Pequim (2008), a ordem geral é que o Brasil consiga ficar entre os sete primeiros nos Jogos de Londres (2012) e em quinto nos Jogos do Rio de Janeiro (2016). “As confederações paraolímpicas tiveram três meses para elaborar um planejamento com o foco em 2016. Eles foram apresentados, discutidos, passarão por alguns ajustes e depois serão anexados ao projeto do CPB, que será entregue até o final de abril ao ministro do Esporte (Orlando Silva)”, revelou o presidente do CPB, Andrew Parsons. Segundo o dirigente, todos os olhos e esforços serão voltados aos atletas de base (12 a 17 anos) que tenham potencial para serem ouro em 2016. “Temos a Lei Agnelo/Piva que determina que 10% da arrecadação seja destinada ao desporto escolar. Já revitalizamos a Paraolimpíada Escolar e temos trabalhado com a detecção de atletas com potencial desde cedo”, garantiu. A tenista brasiliense Natália Mayara Costa está entre os potenciais apontados por Andrew Parsons. Aos 15 anos, ela acumula os títulos de campeã individual e em dupla mista nos Jogos Parapan-Americanos da Colômbia (2009) e do Brasil Open Tênis Internacional, em Belo Horizonte (2009), além dos segundos lugares no Mundial de Tênis World Team, na Inglaterra (2009), e no ranking mundial juvenil de cadeirantes. “Ela é forte candidata a ser ouro em 2016. Uma promessa descoberta aqui em Brasília”, comentou Parsons. Incentivo ao Esporte Sancionada em 16 de julho de 2001, pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, a lei estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao CPB. Desse montante, 85% são destinados ao COB e 15%, ao CPB. Análise da notíciaModelo ultrapassado Encontro de cartolas no Brasil é assim: traçam metas, fazem planos e continuam dependendo basicamente de financiamento público para chegarem a algum lugar. É até legítimo que o Estado fomente o desenvolvimento do Esporte, mas em um país marcado por carências extremas em áreas prioritárias, como educação e infraestrutura, além de uma epidemia de corrupção, há de se buscar caminhos alternativos. Mas sem um planejamento que consiga atrair verdadeiramente a atenção do público e do segmento empresarial, um quinto lugar estará de bom tamanho. Saiba mais Retorno dos deficientes mentais Desde a Paraolimpíada de 2000, em Sidney (Austrália), os atletas com deficiência mental foram banidos dos Jogos. Pela complexidade na identificação do problema (diferentemente de um distúrbio físico, que é visível), a categoria foi excluída depois que a seleção espanhola de Basquete conquistou o ouro com 10 jogadores que não tinham qualquer comprometimento um deles, aliás, era jornalista. “Recebemos o sinal verde para que os deficientes mentais possam voltar aos Jogos nas modalidades de natação, atletismo, Tênis de mesa e Basquete. Caberá às Federações Internacionais desenvolverem e validarem testes específicos para avaliar o grau de deficiência para cada modalidade”, ressaltou Parsons. O presidente destacou ainda que o CPB tem monitorado os paratletas mentais, sobretudo nos Circuitos paraolímpicos e nas Paraolimpíadas Escolares. Academia Paraolímpica BrasileiraSegundo Parsons, a ideia de criação de uma Academia Paraolímpica Brasileira também teve destaque na reunião. “Ela teria três pilares: capacitação de recursos humanos (formação de árbitros, treinadores, técnicos); relação institucional com o meio acadêmico (parceria com universidades no desenvolvimento de pesquisas); e publicação científica (sobre temas voltados ao Paradesporto). Temos um projeto piloto na Universidade Federal de Uberlândia e queremos, no futuro, criar pelo país Centros de Formação de Profissionais do Esporte paraolímpico. Antes disso, precisamos de demanda das confederações para a criação de cursos que, na maioria, serão ministrados à distância”, revelou. Necessidade do triplo de recursosO presidente do CPB destacou a administração sob 20 modalidades diferentes, com necessidades distintas. “Temos orçamento para 2010 de R$ 30 milhões, o que ainda é aquém da necessidade. Precisamos de R$ 90 milhões para alcançarmos nossos objetivos. Esperamos chegar a R$ 60 milhões para em 2016 conquistarmos o quinto lugar na classificação geral”, explicou. O dirigente também ressalta as ambições e o caminho a seguir: “Queremos o alto rendimento e isso exige planejamento e desenvolvimento de projetos com antecedência. Há expectativa para o aumento de recursos e para isso precisamos nos programar.”
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